Nesta quarta-feira, 27, a Organização Nacional de Cegos do Brasil (ONCB) completa 14 anos de existência. E, em um complexo exercício de síntese, compartilhamos 14 de tantas ações promovidas nesse período:
- A ONCB defendeu, no STF, a educação inclusiva e de qualidade para pessoas cegas e com baixa visão;
- Realizou o Primeiro Encontro Nacional de Pessoas Cegas e com Baixa Visão para discutir os rumos do movimento de pessoas com deficiência visual;
- Foi uma das primeiras organizações do mundo a divulgar campanha acessível de prevenção a Covide-19;
- Atuou para imunização prioritária de pessoas com deficiência na pandemia da Covid-19;
- Formou, gratuitamente e de uma só vez, 80 pessoas cegas e com baixa visão como consultores em audiodescrição;
- Fundou a primeira web rádio profissional totalmente gerenciada e produzida por jornalistas, radialistas, publicitários, técnicos de áudio, dentre outros, com deficiência visual. Atualmente, a Rádio ONCB tem o maior conteúdo em áudio na América Latina sobre inclusão, acessibilidade, pessoa com deficiência e respeito à diversidade humana;
- Foi pioneira no mundo na transmissão de lives com audiodescrição para pessoas com deficiência visual. As lives acessíveis de grandes artistas como Marília Mendonça, Maiara e Maraisa, Bruno e Marrone, Paralamas do Sucesso, dentre outros, tiveram grande repercussão;
- Foi a primeira do mundo a transmitir uma imersão sonora a um museu e suas obras através do rádio;
- Ousou ao ministrar um curso básico de edição de vídeo para pessoas cegas e com baixa visão;
- Atuou em âmbito internacional e na esfera nacional para que o Brasil ratificasse o Tratado de Marraquexe, que amplia e aprimora acesso de pessoas cegas e com baixa visão à leitura;
- Realizou o primeiro Encontro Nacional de Mulheres com Deficiência visual;
- Mobilizou entidades e pessoas cegas e com baixa visão de todo o país para aprimorar a proposta da Lei Brasileira de Inclusão, LBI;
- Realizou o maior evento alusivo aos 200 anos de Louis Braille na América Latina;
- Atuou para que a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com deficiência fizesse parte da constituição Brasileira.
A ONCB se orgulha dessa construção coletiva e repleta de garra e talento de seus diretores, secretários temáticos, delegados, conselheiros, afiliadas e parceiros de diferentes entidades que também lutam por um mundo mais inclusivo, justo e acessível.
Histórico
As histórias de uma sociedade e de seus movimentos sociais não começam nem terminam com a gente, mas podemos deixar um pouco de nós e de nossas marcas em suas trajetórias. Assim, aliando a experiência, a renovação e a atuação coletiva, no dia 27 de julho de 2008, foi fundada a Organização Nacional de Cegos do Brasil, ONCB.
Resultado da continuidade do trabalho da União Brasileira de Cegos e da Federação Brasileira de Entidades de e Para Cegos, duas entidades históricas na garantia e defesa de direitos das pessoas com deficiência visual, a ONCB é uma instituição não governamental e sem fins lucrativos. É a única entidade da sociedade civil em âmbito nacional que representa, de forma direta, 96 organizações das cinco regiões do país e atua na defesa e efetivação dos direitos de aproximadamente sete milhões de pessoas cegas e com baixa visão.
A ONCB Oferece assessoramento e apoio institucional às entidades afiliadas na perspectiva dos direitos humanos, da inclusão, da acessibilidade, do “nada sobre nós sem nós” e da atuação em rede. Para tanto, trabalha de modo qualificado, abrangente, metodológico, científico e propositivo.
Nesses seus 14 anos, sempre atuou de forma direta no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS); Conselho Nacional de Direitos da Pessoa com Deficiência (CONADE); Conselho Nacional de Saúde (CNS); Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM); Conselho Nacional de Juventude (CONJUVE); Comissão Brasileira do Braille (CBB); e Comitê Representativo das Entidades de Pessoas com Deficiência (CRPD).
No âmbito internacional, na União Latino-americana de Cegos (ULAC); União de Cegos de Países de Língua Portuguesa (UCLP) e União Mundial de Cegos (UMC).
Ao longo desses anos, cada conquista alcançada demandou muita luta, planejamento, mobilização e diálogo para se tornar realidade.